segunda-feira, 25 de junho de 2012

 
– Fala mais - ele pediu.
– Falar mais? Sobre o quê?
– Ah, de ti.
– Eu não sei. Você sentou aqui comigo nesse ponto de ônibus, perguntou o meu nome, eu perguntei o seu e foi isso. Nós precisamos de mais assunto?
– Você gosta de Guns n Roses?
– Guns n Roses? Por que  Guns n Roses?
– Todas as moças que me apaixonei até hoje eram loucas por Guns n Roses.
– Bom, eu não sou louca por Guns n Roses  - ela respondeu com a voz firme.
– Ótimo, agora eu sei que pode dar certo.
– Certo? Por que algo daria certo? – perguntou espantada.
– Porque todas as outras foram embora. Você não gosta. Ficará.
– Quem disse?
– Você poderia ter levatando daqui quando perguntei o seu nome…
– Acredita mesmo que pode se apaixonar no ponto de ônibus?
– Você não é louca por Guns n Roses.
–Posso ter loucuras piores!
–Mas você não é louca por Guns n Roses.É o destino te encontrar aqui, nesse banco de onibus.
– Eu era a única nesse banco.
– Vá entender as razões da vida.
– Fala mais. – disse decidida após dois minutos de silêncio.
– Mais? Sobre o quê?
– De ti.
– “Acredita mesmo que pode se apaixonar no ponto de ônibus?” – imitou sob risos.
– Ah… “Vá entender as razões da vida”.
Acabaram a noite escrevendo seus nomes no banco. Lado a lado.

Nenhum comentário: