segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Estou naqueles momentos silenciosos em que pouca coisa parece fazer sentido.
Clarice Lispector. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

”- Acho que eu não vou conseguir.
- Conseguir o quê?
- Não sei… Tudo.
- Por quê?
- Sem você não dá.
- Você sempre tão dramática. (risos)
- Você sempre tão calmo.
- Olha, você consegue sim…
- Eu sei.
- Então por que ligou?
- Eu precisava ouvir que você também sabia.”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mudei um pouco sim. Antes, quando a garota falava “te amo”, eu perguntava o quanto. Hoje, pergunto rindo, “até quando?
Soulstripper.   

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Não suporto essa autopiedade que se alojou em meu peito...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Do trabalho voluntário

Hoje em dia, não há nada que me traga um sentimento melhor do que ser voluntária. E devo confessar que estou viciada em trabalho comunitário. Meus pais acham que estou perdendo meu tempo meus amigos acham careta, as vezes me enlouquece mas é por situações como essa que vou relatar que não consigo mais parar:


Estava no meu dia de voluntariado em um hospital, numa ala com crianças portadoras do vírus da AIDS. Nosso trabalho era animá-las de alguma forma, nós sempre fazemos a contação de historias, é meio uma encenação, e depois fazemos uma sessão de desenhos e play do.


Ia andando na ala observando os desenhos e comentando algo, vi corações cor-de-rosa, nuvens azuis, um lindo por do sol alaranjado e flores verdes e roxas. Todos os desenhos eram coloridos, vibrantes e animadores. Exceto um.

O menino do meu lado estava pintando um coracao, mas era um coracao escuro, vazio, sem vida. E ele estava com uma feição completamente diferente das outras crianças além da diferente escolha de cor.
Pensei que era a única cor que havia sobrado e o ofereci outra mas ele me disse:

- Não. O coracao tem de ser dessa cor porque meu coracao está se sentindo escuro!
- Por que?
- Porque minha mãe e eu estamos muito doentes. E nunca vamos melhorar.
Fiquei sem saber o que dizer, ele me pegou de surpresa.
-Ninguém pode fazer nada para ajudar.
- Ah. Eu sinto muito por você estar doente. Entendo o motivo de estares tao triste. Entendo até porque você está pintando o coração assim. Mas não é verdade que ninguém pode fazer nada para ajudar. Talvez as pessoas não possam curar você, nem sua mãe, mas com certeza há algumas coisas que podem fazer.
Ele me olhou desconfiado e incrédulo, cheguei mais perto dele e falei:
- Na minha experiência, aprendi que dar abraços bem apertados ajuda de verdade quando se está triste. Se você quiser, eu ficaria feliz em te dar um abraco.


O menino imediatamente pulou nos meus bracos e pensei que não ia conseguir segurar o choro e que meu coracao fosse explodir. Como eu amei aquele menino dentro dos meus bracos.
Ele ficou sentado no meu colo por um bom tempo, em silêncio, e depois desceu pra terminar o desenho.
-Você se sente melhor? perguntei
-Sim. Mas continuo doente e nada vai mudar isso.
-Entendo.
Deixei a ala com o coracao apertado. Tentando imaginar uma forma de ajudar mais e melhor aquelas crianças.

No final do dia estávamos recolhendo os materiais e me preparando pra voltar pra casa quando senti alguém puxar a barra do meu vestido. Quando me virei o menininho estava ali e pra minha surpresa com um sorriso no rosto. Ele disse:

- Meu coracao está mudando de cor. Está ficando mais brilhante... Acho que abraços apertados realmente funcionam.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

For real


Sofro de urgências, não gosto de esperar.
Clarice Lispector. 

Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.
Martha Medeiros




Por fora já desistiu.
Por dentro, sempre descobre
uma desculpa pra recomeçar.
Fabrício Carpinejar.