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quarta-feira, 21 de março de 2012

Como as mulheres dominaram o mundo



Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E aí, papai?
- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior: 
Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Aí, veio o golpe mundial?!?
- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
- Como era mesmo o nome dele?
- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci... Desculpe, filho, já faz tanto tempo...
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
- Pai, conta mais...
- Bem filho... O resto você já sabe.
Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros...
A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
- TPM???
- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas...

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos
outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro
carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe
faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e
ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou
sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
FIM!!!


2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e
cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como
o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: -Linda princesa, eu já fui um
príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me
transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar
feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu
poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os
nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, en quanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a
princesa sorria e pensava: -Nem  fo...den...do!
Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 3 de março de 2010

A literatura romântica está cheia de pobres moças obrigadas a


se sujeitarem a velhos com gota e mau hálito para satisfazerem aos

pais, e que sonham com um Príncipe Encantado que as arrebatará. O

curioso é que o sonho é sempre com um príncipe. Nenhuma sonha, por

exemplo, com um Cavalariço Encantado ou com um Caixeiro Encantado.

Querem que seu salvador seja jovem e bonito e apaixonado, mas que

também tenha estabilidade financeira, propriedade e criados, porque

é preciso pensar no amanhã.
Do conto Eo noivo estava de tenis,do  livro  Mais comedias para ler na escola

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Invólucros


Aviso importante
O uso excessivo do telefone celular frita o seu cérebro como
uma fornalha. Não é verdade mas espalha, espalha.

Telefones celulares, agendas eletrônicas e computadores portáteis
cada vez mais compactos, e portanto com teclas cada vez menores,
pressupõem usuários com dedos finos. Se vale a teoria da
seleção natural de Darwin, as pessoas com dedos grossos se tornarão
obsoletas, não se adaptarão ao mundo da microtecnologia e logo
desaparecerão. E os dedos finos dominarão a Terra. Há quem diga
que, como os mini-teclados impossibilitam a datilografia tradicional
e, com o advento das calculadoras, os cinco dedos em cada mão
perderam a sua outra utilidade prática, que era ajudar a contar
até dez, os humanos do futuro nascerão só com três dedos em cada
mão: o indicador para digitar (e para indicar, claro), o dedão opositor
para poder segurar as coisas e o mindinho para limpar o
ouvido.
Outra inevitável evolução humana será a pessoa já nascer com
um dispositivo — talvez um dente adicional, cuneiforme, na frente
— para desembrulhar CDs e outras coisas envoltas em celofane, como
quase tudo hoje em dia. E fiquei pensando no enorme aperfeiçoamento
que seria se as próprias pessoas viessem envoltas numa espécie
de celofane em vez de pele. Imagine as vantagens que isto traria.
No lugar de derme e epiderme, uma pele transparente que permitisse
enxergar todos os nossos órgãos internos, tornando dispensáveis os
raios X e outras formas de nos ver por dentro. Bastaria o paciente
tirar a roupa para o médico olhar através da sua pele e dar o diagnóstico,
sem precisar apalpar ou pedir exames.
Está certo, seríamos horrorosos. Em compensação, a pele transparente
seria um grande equalizador social. "Beleza interior" adquiriria
um novo sentido e ninguém seria muito mais bonito que
ninguém, embora alguns pudessem ostentar um baço mais bem-acabado
ou um intestino delgado mais estético, e o corpo de mulheres com
pouca roupa ainda continuasse a receber elogios ("Que vesícula!").
Acabaria a inveja que as mulheres têm, uma da pele das outras, e a
conseqüente necessidade de peelings, liftings, botox etc. E como
todas as peles teriam a mesma cor — cor nenhuma —, estaria provado
que somos todos iguais sob os nossos invólucros, e não existiria
racismo.
Fica a sugestão, para quando nos redesenharem.

domingo, 29 de novembro de 2009

Quase...



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que lanejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Vestibular!!!


Que eu sou loucamente apaixonada pelos textos do verissimo nao É nenhuma novidade,mas esse texto aqui exprime o que vivo neste momento
O flagelo do vestibular
Não tenho curso superior. O que eu sei foi a vida que me ensinou,
e como eu não prestava muita atenção e faltava muito, aprendi
pouco. Sei o essencial, que é amarrar os sapatos, algumas tabuadas
e como distinguir um bom beaujolais pelo rótulo. E tenho um certo
jeito — como comprova este exemplo — para usar frases entre travessões,
o que me garante o sustento. No caso de alguma dúvida
maior, recorro ao bom senso. Que sempre me responde da mesma maneira:
"Olha na enciclopédia, pô!"
Este naco de autobiografia é apenas para dizer que nunca tive
que passar pelo martírio de um vestibular. É uma experiência que
jamais vou ter, como a dor do parto. Mas isto não impede que todos
os anos, por esta época, eu sofra com o padecimento de amigos que
se submetem a terrível prova, ou até de estranhos que vejo pelos
jornais chegando um minuto atrasados, tendo insolações e tonturas,
roendo metade do lápis durante o exame e no fim olhando para o infinito
com aquele ar de sobrevivente da Marcha da Morte de Batan.
Enfim, os flagelados do unificado. Só lhes posso oferecer a minha
simpatia. Como ofereci a uma conhecida nossa que este ano esteve
no inferno.
— Calma, calma. Você pode parar de roer as unhas. O pior já
passou.
— Não consigo. Vou levar duas semanas para me acalmar.
– Bom, então roa as suas próprias unhas. Essas são as minhas...
– Ah, desculpe. Foi terrível. A incerteza, as noites sem sono.
Eu estava de um jeito que calmante me excitava. E quando conseguia
dormir, sonhava com múltiplas escolhas: a) fracasso, b) vexame, c)
desilusão. E acordava gritando: Nenhuma destas! Nenhuma destas!
Foi horrível.
– Só não compreendo por que você inventou de fazer vestibular
a esta altura da vida...
– Mas quem é que fez vestibular? Foi meu filho! E o cretino
está na praia enquanto eu fico aqui, à beira do colapso.
Mãe de vestibulando. Os casos mais dolorosos. O inconsciente
do filho às vezes nem tá, diz pra coroa que cravou coluna do meio
em tudo e está matematicamente garantido. E ela ali, desdobrando
fila por fila o gabarito. Não haveria um jeito mais humano de fazer
a seleção para as universidades? Por exemplo, largar todos os
candidatos no ponto mais remoto da floresta amazônica e os que
voltassem à civilização estariam automaticamente classificados?
Afinal, o Brasil precisa de desbravadores. E as mães dos reprovados,
quando indagadas sobre a sorte dos seus filhos, poderiam enxugar
uma lágrima e dizer com altivez:
– Ele foi um dos que não voltaram...
Em vez de:
– É um burro!
Os candidatos à Engenharia no Rio de Janeiro poderiam ser postos
a trabalhar no metrô dia e noite; quem pedisse água seria desclassificado.
O Estado acabaria com poucos engenheiros novos — aliás,
uma segurança para a população —, mas as obras do metrô progrediriam
como nunca. Na direção errada, mas que diabo.
O certo é que do jeito que está não pode continuar. E ainda
por cima há os cursinhos pré-vestibulares. Em São Paulo os cursinhos
estão usando helicópteros na guerra pela preferência dos vestibulandos
que terão que repetir tudo no ano que vem. Daí para o
napalm, o bombardeio estratégico, o desembarque anfíbio e, pior,
uma visita do Kissinger para negociar a paz, é um pulo. Em São
Paulo há cursinhos tão grandes que o professor, para se comunicar
com as filas de trás, tem que usar o correio. Se todos os alunos
de cursinhos no centro de São Paulo saíssem para a rua ao mesmo
tempo, ia ter gente caindo no mar em Santos. O vestibular virou
indústria. E os robôs que saem das usinas pré-vestibulares só têm
dois movimentos: marcar cruzinha e rezar.
O filho da nossa nervosa amiga chegou em casa meio pessimista
com uma das suas provas.
— Sei não. Acho que entrei pelo cano. O Inglês não estava
mole.
– Mas meu filho, hoje não era inglês! Era física e matemática!
– Oba! Então acho que fui bem.

domingo, 23 de agosto de 2009

DIGA NÃO ÀS DROGAS!!!

Todo mundo passa por uma fase de vicio na vida,alguns se viciam em algocomestivel,outros em aparelhos modernos,tem ainda aaqueles que nao largamlivros ou video-games,sem falar nos que consomem drogas em si legaisou ilegais,mas
Luiz Fernando Veríssimo conta sua experiencia com um tipo delas,aquele tipo do qual ninguem escapa...

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural" , da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: Não ligue a TV no Domingo a tarde; Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo; Não entre em carros com adesivos "Fui ... "

Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; Mulheres gritando histericamente é outro indício; Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela! Eu sei que você consegue! Diga não às drogas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Especial Dia das Mulheres(atrasado)

Depois de tanta luta, não para nos igualarmos aos seres do sexo oposto e sim para termos os mesmos direitos que elels temiam em nos dar(por que será hein?),nós mulheres temos um dia pra nós mais o que isso muda?Ainda ganhamos menos que eles e não alcançamos cargos de chefia mas um dia chegaremos lá como chegamos hoje com a nossa liberdade, nossa não dependencia do pai ou do marido,o direito de votar, de estudar de fazermos o que quisermos.Nós merecemos mais que isso afinal somos mães, trabalhadoras,irmãs,filhas,tias,avós,amigas,primas e ainda conseguimos cuidar de nós mesmas e dar atenção a eles.Não vou me alongar mais vou deixar que um representante deles fale por mim

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.Pare para refletir sobre o sexto-sentido.Alguém duvida de que ele exista?E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!"Leve um sapato extra na mala, querido.Vai que você pisa numa poça..."Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...O sexto-sentido não faz sentido!É a comunicação direta com Deus!Assim é muito fácil...As mulheres são mães!E preparam, literalmente, gente dentro de si.Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...Tudo isso é meio mágico...Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...É choro feminino. É choro de mulher...Já viram como as mulheres conversam com os olhos?Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.Quantos tipos de olhar existem?Elas conhecem todos...Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.EN-FEI-TI-ÇAM !E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?Para estudar os homens, é claro!Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".Quer evidência maior do que essa?Qualquer um que ama se aproxima de Deus.E com as mulheres também é assim.O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.Mas elas são anjos depois do sexo-amor.É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.E levitam.Algumas até voam.Mas os homens não sabem disso.E nem poderiam.Porque são tomados por um encantamentoque os faz dormir nessa hora."Luís Fernando Veríssimo

Tu e eu

Presta atenção no jogo de palavras do hiláriante verissimo
Tu e Eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graçae a sabedoria de só saber cresceraté dar pé.
Eu não sei onde quero chegare só sirvo para uma coisa- que não sei qual é!
És de outra pipas eu de um cripto.
Tu, lipa Eu, calipto.
Gostas de um som tempestaderoque lenha muito heavy
Prefiro o barroco italiano e dos alemãeso mais leve.
És vidrada no Lobãoeu sou mais albônico.
Tu,fão.Eu,fônico.
És suculentae selvagem como uma fruta do trópico
Eu já sequeie me resigneicomo um socialista utópico.
Tu não tens nada de mimeu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.Eu,ropeu.
Gostas daquelas festasque começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituaisem que sou pertinentee, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.Eu,carístico.
És colorida,um pouco aérea,e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,algo rasteiro,e só penso em Pi.
Somos cada um de um panouma sã e o outro insano.
Tu,cano.Eu,clidiano.
Dizes na carao que te vem a cabeçacom coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,escolho uma terceirae no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano enquanto eu cismo.
Tu,tano.Eu,femismo.
Luis Fernando Veríssimo

o tempo está mudando as coisas cada vez mais depressa


E tudo mudou...O rouge virou blush O pó-de-arroz virou pó-compacto O brilho virou gloss O rímel virou máscara incolor A Lycra virou stretch Anabela virou plataforma O corpete virou porta-seios Que virou sutiã Que virou lib Que virou silicone A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento A escova virou chapinha "Problemas de moça" viraram TPM Confete virou MM A crise de nervos virou estresse A chita virou viscose. A purpurina virou gliter A brilhantina virou mousse Os halteres viraram bomba A ergométrica virou spinning A tanga virou fio dental E o fio dental virou anti-séptico bucal Ninguém mais vê... Ping-Pong virou Babaloo O a-la-carte virou self-service A tristeza, depressão O espaguete virou Miojo pronto A paquera virou pegação A gafieira virou dança de salão O que era praça virou shopping A areia virou ringue A caneta virou teclado O long play virou CD A fita de vídeo é DVD O CD já é MP3 É um filho onde éramos seis O álbum de fotos agora é mostrado por email O namoro agora é virtual A cantada virou torpedo E do "não" não se tem medo O break virou street O samba, pagode O carnaval de rua virou Sapucaí O folclore brasileiro, halloween O piano agora é teclado, também O forró de sanfona ficou eletrônico Fortificante não é mais Biotônico Bicicleta virou Bis Polícia e ladrão virou counter strike Folhetins são novelas de TV Fauna e flora a desaparecer Lobato virou Paulo Coelho Caetano virou um chato Chico sumiu da FM e TV Baby se converteu RPM desapareceu Elis ressuscitou em Maria Rita? Gal virou fênix Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis, Todos anjos Agora só tocam lira... A AIDS virou gripe A bala antes encontrada agora é perdida A violência está coisa maldita! A maconha é calmante O professor é agora o facilitador As lições já não importam mais A guerra superou a paz E a sociedade ficou incapaz... ... De tudo. Inclusive de notar essas diferençasLuis Fernando Veríssimo