segunda-feira, 20 de agosto de 2012

There goes my hero (8)


Um dia, de verdade mesmo, quero gostar tanto de um garoto como eu gosto de, sei lá, de "Old yellow bricks" do Arctic Monkeys ou de comida italiana, de vinho do Porto ou dos sonetos de Shakespeare. Quem sabe levá-o às reuniões de amigos, para ver filmes do circuito cultural ou para participar do meu ritual para comprar um livro, para os campeonatos de xadrez, damas e piadas das crianças da minha família. Ou talvez eu seja eternamente essa causa perdida. Um dia uma menina mimada e entediada no outro duas pessoas numa confusão sem tamanho. Não sei ser mocinha, nem heroína. Não sei salvar ninguém, não sei ser salva muito menos me salvar. Mas como dar uma de super-heroína quando a vilã criminosa a combater sou eu mesma?
 Afinal de contas onde se encontra esse tipo de herói? Esses que não machucam ninguém? Nas novelas, nos livros, no cinema? Acho que não. Se eu pudesse escolher eu seria um desses filmes de  que os caras adoram assistir, aqueles de ação onde o protagonista tem o arquétipo de herói grego: lindos, responsavéis, corajosos, protetores e que sabem guardar seus sentimentos para si mesmos. Mas a coisa não é bem assim. Se tem uma coisa que aprendi com o Sr. Marvel é que, preste bem atenção. todo herói tem sua identidade secreta. Só estou querendo dizer que, sei lá o que estou querendo dizer, acho que quero ir pra casa. Acho que na minha realidade estou mais pra Dory em "Procurando Nemo"- Just keep swimming (8)
P. Sherman, 42 .Wallaby Way ,Sidney.

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