Eu admito que errei. Admito que fugi, que fingi
e que neguei. Admito que enganei. Tanto à você quanto à mim. Admito que
menti. Muito. Admito que depois de um tempo, a sua presença passou de
ilustre à cômoda. O seu cheiro passou de único à comum. E você, passou
de tudo à quase nada. Admito que ferrei com a sua vida e que acabei com
qualquer possibilidade de sermos “nós”, como você disse que sempre quis.
Admito que chutei o balde, o pau da barraca e até você. Eu admito que
fui covarde, insana e prepotente. Te fiz sofrer, eu sei. Mas e daí? Você
fez exatamente o mesmo comigo. Mas não teve peito pra admitir e jogar
as cartas na mesa, como eu fiz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário