sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tu me olhas com aquele olhar pré-lágrima e eu tenho vontade de rir.
E me perguntas de novo, quase se respondendo.
- Pequena, não tem como você ficar mais um pouco não? Te preparo um fondue, te compro aquele vinho, te cubro de beijos.
E eu sorrio da tua beleza, tão rara, tão bonita. Dá até vontade de largar dessas malditas regras que criei pra mim e te responder algo como ‘vou só buscar as malas amor, me espera pro jantar’. Mas não dá. Ou eu, ou você, ou os deuses - quem sabe? - iria, iriam estragar esse jeito bonito que tu me olhas, e ia doer. E dor é o tipo de desperdício de tempo que eu não quero mais. Só as minhas, só as que vem de mim. Tá confuso baby? Não entende? Não esperava que entendesse. 


-Não dá, tenho mesmo que terminar aquele livro, pra’quela aula.
Digo enquanto fecho o portão, enquanto luto com uma maldita voz em mim que me pede pra ficar, que diz que seria diferente. Nunca é.

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