domingo, 6 de março de 2011

Nona Sinfonia


Mais um gole seco,                        o amargor do café queima rapidamente por dentro,          aquece e vai
Cinco horas
O sol brinca
A perna balança
                          pra lá,pra cá,pra lá pra cá,pra lá, pra cá...
Mãos no queixo
Os olhos correm pela rua, pensam no livro sob o criado mudo
Encontram os cachos desarrumados,os olhos castanhos distraídos,
o nariz torto, a camiseta branca, o jeans caído,o all star desamarrado
as notas musicais atrás da curva da orelha.
Dá um daqueles sorissos que vão até os olhos,
toma um gole devagar e o calorzinho faz tremer o peito.
Ele pega suas mãoinhas com o coração nos olhos,
murmuram uma canção
Si si dó ré ré dó si lá sol
Abraçam-se como se não tivessem nada a que se agarrar para evitar a força da gravidade
Ele apoia o queixo na cabeça dela se embriaga com o cheiro daquele cabelo e susurra
Sol lá si si lá
Ela põe o ouvido no peito dele
sente a eletricidade percorrer todos os pontos em que seus corpos estão em contato
Si si dó ré ré dó si lá sol sol lá si lá sol sol

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