
Sempre me disseram que ando saltitando,sinto que ando descompassada tentando dar passos mas longos que minhas pernas,minhas pequenas pernas,minha especialidade sempre foi saltar e me lançar ambingua com peito e de cara,saltar e mergulhar fundo ate chegar no reino submerso de Atlântida e sentir o zumbido de quem deixa a terra para trás nos ouvidos e a vontade de voltar a superfície para imaginar o que vi,observando de longe.
Quando pensam que estou ali,do lado,não sabem onde me encontro,por onde divago e continuo observando a tatuagem de notas musicais descerem pela clavícula dele,tocando silenciosas na sua pele salpicada de sardas moranguisticas
Desaprendi a andar,caminho nas pontas,me arrastando para o próximo sonho,sigo o caminho de cabeça baixa procurando as pedrinhas de brilhante esperando o meu amor passar mas ele só sabe andar de mãos dadas ao meu lado,assim dando pulinhos.
Olho para o céu enquanto meu calcanhar sente o chão para esbarrar com a felicidade em alguma esquina furtiva de desejos inacabados.
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